António Frutuoso Aires de Gouveia Osório

António Frutuoso Aires de Gouveia Osório
António Frutuoso Aires de Gouveia Osório
Nascimento 13 de setembro de 1828
Porto
Morte 17 de dezembro de 1916
Porto
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Alma mater
  • Universidade de Coimbra
Ocupação professor, político, padre, diácono, bispo católico
Empregador(a) Universidade de Coimbra
Religião Igreja Católica
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António Frutuoso Aires de Gouveia Osório (Porto, 13 de setembro de 1828 — Porto, 17 de dezembro de 1916), bispo titular de Betsaida (na grafia da época bispo de Bethsaida) e arcebispo de Calcedónia, foi um professor de Direito da Universidade de Coimbra, especialista em assuntos penitenciários, e prelado católico que, entre outras funções, foi Ministro da Justiça e Cultos.[1][2][3]

Biografia

Nasceu na cidade do Porto, filho de Frutuoso José da Silva Aires, negociante no Porto, e de sua mulher Maria Máxima de Gouveia Osório Braga. Entre os seus quatro irmãos está o político José Frutuoso Aires de Gouveia Osório, médico, professor de Medicina e presidente da Câmara Municipal do Porto.

Oriundo duma família da baixa burguesia mercantil, iniciou a sua actividade profissional como empregado de escritório numa firma sediada na cidade do Porto. Tinha 18 anos quando em 1847 se desencadeou a Revolta da Maria da Fonte e as subsequentes lutas da Patuleia, o que o levou a tomar partido pelos Patuleias, ingressando como recruta nas forças recrutadas pela Junta Governativa do Porto.[4]

Com uma forte tendência para as letras, participou nas mais relevantes tertúlias intelectuais do seu tempo, publicando vários poemas e revelando um especial gosto de sátira, o que lhe valeu algumas inimizade. Após um período conturbado no Porto, em 1851, com aos 22 anos de idade, ingressou na Universidade de Coimbra, onde se matriculou na Faculdade de Direito.

Enquanto estudante em Coimbra manteve importante actividade intelectual e política, publicando em vários periódicos e participando em múltiplas iniciativas culturais e políticas. Foi o principal redactor do periódico de poesias O Novo Trovador, que se imprimiu em Coimbra no ano de 1856.[3]

Ingressou na vida política em 1861, ano em que foi eleito Deputado às Cortes nas listas do Partido Progressista para a Legislatura de 1861-1864.

Doutorou-se na Universidade de Coimbra, em Direito e Teologia, a 22 de Junho de 1864. Ocupou efemeramente (de 5 de março a 17 de abril de 1865) a pasta de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça do 25.º governo da Monarquia Constitucional presidido pelo Duque de Loulé.

Foi novamente eleito Deputado às Cortes para as Legislaturas de 1865, 1865‑1868, 1870 e 1871‑1874, sendo presidente nesta última legislatura da Câmara dos Deputados. Como Deputado, tomou partido na questão da abolição da pena de morte, quer através das suas intervenções provocadoras, quer através dos livros que escreveu, quer através da sua votação parlamentar a 1 de Julho de 1867, data da aprovação do primeiro Código Civil Português de 1867.[3]

Foi membro da Maçonaria em 1864 da Loja Liberdade afecta ao Grande Oriente Lusitano, de Coimbra, com o nome simbólico de Eurico.[5]

Tendo revelado desde cedo um pendor ideológico à esquerda, que jamais abandonaria, a sua ordenação sacerdotal, ocorrida em Viseu no ano de 1869, logo após a morte de sua mãe, não o distanciou da posição romântica face à política que assumira em 1847.

Depois de ter sido apresentado em 1871 para o lugar de bispo da Diocese do Algarve, para o qual nunca conseguiu a aprovação da Santa Sé, que suspeitava das suas posições políticas e religiosas, em 6 de novembro de 1884 foi nomeado bispo titular de Betsaida,[6] como forma de resolver as dificuldades diplomáticas criadas pela sua não confirmação para a diocese algarvia.

Em 1880 foi feito Par do Reino. Em 1892 foi novamente nomeado Ministro da Justiça e Cultos no 45.º governo da Monarquia Constitucional, presidido por José Dias Ferreira, permanecendo no governo de 17 de janeiro a 27 de maio de 1892. Nesse mesmo ano, foi nomeado Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros do 46.º governo da Monarquia Constitucional, também presidido por Dias Ferreira, permanecendo em funções de 27 de maio a 23 de dezembro de 1892.

Publicou diversas obras de grande impacte nos meios intelectuais portugueses que influenciara o ambiente político e social do seu tempo. Foi muito relevante o seu livro intitulado A reforma das cadêas em Portugal: resposta ao ponto proposto pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra: «Como devem ser entre nós reformadas as cadêas?», considerado um importante contributo para a reforma penal em Portugal e para a abolição da pena de morte.

Em 14 de novembro de 1904 recebeu o título de arcebispo titular de Calcedónia (Chalcedonensis),[7] título que manteve até falecer na cidade do Porto em 1916, aos 88 anos de idade.

Notas

  1. António Aires Gouveia, um bispo maçónico?;.
  2. A. Aires de Gouveia: da ideologia humanitária ao regalismo liberal.
  3. a b c Ficha Bio-Biobliográfica de ANTÓNIO AIRES DE GOUVEIA (1828-1916).
  4. Ricardo Jorge, Camillo e António Ayres. Seguido do poema «As Commendas». Lisboa, Empresa Literária Fluminense, Ld.a, s. d.
  5. Oliveira Marques, A. H. de (1985). Dicionário de Maçonaria Portuguesa. Lisboa: Delta. p. 177 
  6. Titular See of Bethsaida (Bethsaidensis).
  7. Chalcedon Titular See (Chalcedonensis).

Ligações externas

  • Ficha Bio-Biobliográfica de ANTÓNIO AIRES DE GOUVEIA (1828-1916)
  • Politipédia: nota biográfica do bispo de Betsaida
  • Archbishop António Aires de Gouveia
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Luís Mouzinho de Albuquerque António César de Vasconcelos Correia (interino) José António Ferreira Brak-Lamy José Dionísio da Serra José Xavier Mouzinho da Silveira Joaquim António de Magalhães José da Silva Carvalho (interino) Joaquim António de Aguiar António Barreto Ferraz de Vasconcelos • Manuel Duarte Leitão Manuel António de Carvalho João de Sousa Pinto de Magalhães Manuel António Velez Caldeira • Joaquim António de Aguiar (2.ª vez) António Vieira de Castro Francisco de Paula de Oliveira (não empossado) António Vieira de Castro (reconduzido) Passos Manuel (interino) António Dias de Oliveira (interino) José Alexandre de Campos João de Oliveira Manuel Duarte Leitão (2.ª vez; interino) António Fernandes Coelho (interino) João Cardoso da Cunha Araújo • António Bernardo da Costa Cabral Joaquim António de Aguiar (3.ª vez; interino) Joaquim António de Magalhães (2.ª vez; interino) Joaquim Filipe de Soure Junta Provisória de Governo Luís Mouzinho de Albuquerque (2.ª vez; interino) João Baptista Felgueiras António de Azevedo Melo e Carvalho Visconde de Algés Duque da Terceira (interino) Conde de Tomar (interino) José Bernardo da Silva Cabral (inicialmente interino) Conde de Tomar (interino) Duque de Palmela (interino) Joaquim Filipe de Soure (2.ª vez) Joaquim António de Aguiar (4.ª vez) José Jacinto Valente Farinho Manuel Duarte Leitão (3.ª vez) Francisco da Silva Ferrão Bernardo Gorjão Henriques (interino) Joaquim José de Queirós José Joaquim de Azevedo e Moura João Elias da Costa Faria e Silva • José Marcelino de Sá Vargas Félix Pereira de Magalhães • Marino Miguel Franzini (interino) Joaquim Filipe de Soure (3.ª vez) António Bernardo da Fonseca Moniz (não empossado) Rodrigo da Fonseca (interino) António Luís de Seabra Rodrigo da Fonseca (2.ª vez; interino) Frederico Guilherme da Silva Pereira Elias da Cunha Pessoa Vicente Ferrer António José de Ávila (interino) José Silvestre Ribeiro António José de Ávila (2.ª vez; interino) João Martens Ferrão Alberto António de Morais Carvalho • Gaspar Pereira da Silva • Anselmo José Braamcamp (interino) Gaspar Pereira da Silva (continuação) António Aires de Gouveia • Júlio Gomes da Silva Sanches (interino) Augusto César Barjona de Freitas Visconde de Seabra (2.ª vez) António Alves Martins (interino) António Pequito Seixas de Andrade António Alves Martins (interino) António Pequito Seixas de Andrade (continuação) João José de Mendonça Cortês • José Luciano de Castro Duque de Saldanha (interino) José Dias Ferreira (interino) Marquês de Ávila (interino) António Alves Martins (interino) Augusto Saraiva de Carvalho José de Melo Gouveia (interino) José Marcelino de Sá Vargas (2.ª vez) Augusto César Barjona de Freitas (2.ª vez) António Cardoso Avelino José de Sande Magalhães Mexia • Augusto César Barjona de Freitas (3.ª vez) Tomás Ribeiro (interino) António Maria do Couto Monteiro • Adriano Machado António José de Barros e Sá Júlio de Vilhena Lopo Vaz de Sampaio e Melo Augusto César Barjona de Freitas (4.ª vez; interino) Manuel de Assunção • Francisco da Veiga Beirão José Luciano de Castro (interino) Francisco da Veiga Beirão (continuação) Lopo Vaz de Sampaio e Melo (2.ª vez) Emílio Brandão • Alberto António de Morais Carvalho (2.ª vez) António Aires de Gouveia (interino) António Teles de Vasconcelos António de Azevedo Castelo Branco Francisco da Veiga Beirão (2.ª vez) José de Alpoim Artur de Campos Henriques Luís Pimentel Pinto (interino) Artur de Campos Henriques (continuação) José de Alpoim (2.ª vez) Artur Montenegro Artur de Campos Henriques (2.ª vez) José de Abreu do Couto de Amorim Novais • António José Teixeira de Abreu Artur de Campos Henriques (3.ª vez) João de Alarcão Conde de Castro e Sola Francisco José de Medeiros Venceslau de Lima (interino) Artur Montenegro (2.ª vez) Francisco da Veiga Beirão (3.ª vez) Manuel Fratel

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